top of page

Visto que o inconsciente é atemporal, um evento significativo que ocorreu há anos na vida de alguém permanece tão atuante em seu inconsciente quanto se tivesse acontecido ontem. Em análise, então, trabalha-se com o passado que está presente na atualidade do sujeito.


Em "Recordar, repetir e elaborar" (1914), Freud afirma que: a partir da repetição presente, o sujeito recorda-se do seu passado e vai em direção a uma elaboração do seu futuro. Ou seja, recorda-se do passado para poder desprender-se da repetição (presente que não passa), reinventando um outro futuro.

  • Psicóloga Carise Camini

O mundo em que vivemos tende a prezar pelo prazer contínuo e inesgotável. Em momentos de sofrimento, dor e angústia, tendemos a esconder o sofrimento, temos pressa em cura-lo e buscamos anestesiar a dor que sentimos. No entanto, a busca por substituições não fará com que a dor deixe de existir. Mesmo que seja difícil e desconfortável, é preciso dar voz e acolher os sentimentos que emergem das situações, permitindo enxerga-los e aceita-los. É importante dar espaço para a dor, pois ela movimenta, transforma e faz crescer.

É comum sentir desconforto ao falar sobre aquilo que nos faz sofrer, sobre um passado doloroso. Há certa tendência em “deixar pra lá”, em não querer saber. A dor não é nomeada e o sujeito segue a vida carregando-a, evitando saber sobre aquilo que continua angustiando.


O processo analítico possibilita a investigação disso que se rejeita saber sobre. Permite ao sujeito entrar em contato com suas questões, nomeando-as, para que possa associa-las e integra-las, dando-lhes sentido.

2
  • Instagram
  • LinkedIn
bottom of page